28 de abril de 2010
dias sem sol II
Fui para o estacionamento. Olhei o carro. Intacto. Dormindo. Olhei os pneus. Nada. Só o ar. Entre, liguei, aumentei o som. Sai, observando o portão levantando-se mais lento que meus pensamentos. Pensei no trajeto e segui, mecanicamente. Mas nesses dias sem sol, meu pensamento é absorto, solto, sem nexo. Nada é mecânico. Errei o caminho, sem perceber. Percebi. Tarde demais. Volto. Não quero uma nova rua que me leva a mais um erro. Sigo no automático. No meio da música, canto a próxima. E erro o caminho de novo, e de novo, e de novo. Não me irrito: me aceito como sou sob os dias sem sol. Sigo apenas. Uma hora ou outra me acho de novo. Espero.
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2 comentários:
O acerto está em nunca deixar o erro nos parar no caminho...
Bjs Lu!
Mila
Certamente se encontrará.
E para os dias sem Sol, apenas se recorde que mesmo não sendo visto, o grande astro continua lá.
Ele ilumina o dia, mesmo com os dias mais cinzentos, so é cinzento graças a ele.
Caso contrário o breu iria dominar, e no escuro certamente nos perderiamos sem a chance de poder novamente nos encontrar.
Beijos!
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