É fato
É ponto
É dorso
É norte
É seco
É tudo
É oposto
É deposto
De gosto
De fato
De noite
Te prendo
De fato
Te solto
Do gosto
Que é tudo
Deposto
Da mesa posta
De porta fechada
Vá e não volte
23 de novembro de 2011
22 de novembro de 2011
carta
tem a textura de mão pálidas e calmas
tem um sabor doce, de nuvem, de tempo molhado
tem palavras soltas, com frases exatas,
certas de vontade, de chão, de leito
quem deita as palavras em uma carta
acorda a vida para todos os sentidos
tem um sabor doce, de nuvem, de tempo molhado
tem palavras soltas, com frases exatas,
certas de vontade, de chão, de leito
quem deita as palavras em uma carta
acorda a vida para todos os sentidos
21 de novembro de 2011
não tenho a calmaria de um dia à tarde sentada na varanda
o que tenho são cinzas da noite que queimou intensa
incenso que turva a janela quando olho para dentro
não tenho a brisa que corre na gota da chuva
o que eu quero é a imperfeição da pele marcada
e da palavra seca que me invade
meu calendário é de um dia só
que corre, de pressa se faz
e pára apenas quando as penas do meu travesseiro
avesso ao travesso, me deitam os olhos
nem paciência, nem montanha-russa, nem o morno do meio termo
me construo do novo
de nove pedaços que (re) parto e entrego
não tenho o som, não tenho a música
mas o que tenho dança comigo
no silêncio agitado do meu corpo aberto e trancado
que segura o rio que corre
e estanca a dor e a fome
que me leva, que me lava
não tenho a rima, a poesia decorada
o que tenho sai sem controle, sem conjugação certa, sem avisar
me incomoda a garganta e pronto
eu tenho a inquietude
tenho o infinito das possibilidades
porque carrego o universo dentro de mim.
o que tenho são cinzas da noite que queimou intensa
incenso que turva a janela quando olho para dentro
não tenho a brisa que corre na gota da chuva
o que eu quero é a imperfeição da pele marcada
e da palavra seca que me invade
meu calendário é de um dia só
que corre, de pressa se faz
e pára apenas quando as penas do meu travesseiro
avesso ao travesso, me deitam os olhos
nem paciência, nem montanha-russa, nem o morno do meio termo
me construo do novo
de nove pedaços que (re) parto e entrego
não tenho o som, não tenho a música
mas o que tenho dança comigo
no silêncio agitado do meu corpo aberto e trancado
que segura o rio que corre
e estanca a dor e a fome
que me leva, que me lava
não tenho a rima, a poesia decorada
o que tenho sai sem controle, sem conjugação certa, sem avisar
me incomoda a garganta e pronto
eu tenho a inquietude
tenho o infinito das possibilidades
porque carrego o universo dentro de mim.
3 de novembro de 2011
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