31 de julho de 2011

Lento

Si quieres un poco de mí
Me deberías esperar
Y caminar a paso lento
Muy lento

Y poco a poco olvidar
El tiempo y su velocidad
Frenar el ritmo, ir muy lento, más lento.

Sé delicado y espera
Dame tiempo para darte
Todo lo que tengo.

Si quieres un poco de mí
Dame paciencia y verás
Será mejor que andar corriendo
Levantar vuelo

Y poco a poco olvidar
El tiempo y su velocidad
Frenar el ritmo, ir muy lento
Cada vez más lento.

Sé delicado y espera
Dame tiempo para darte
Todo lo que tengo.

Si me hablas de amor
Si suavizas mi vida
No estaré más tiempo
Sin saber que siento.

Sé delicado y espera
Dame tiempo para darte
Todo lo que tengo.

26 de julho de 2011

sem sentido

O gosto das palavras quentes me acorda
do chão frio da sala me convidam
a passar a noite olhando pela janela
me despertam no meio da noite sem sono
quando saio me visto de palavras frias
de cores calmas, sem cor
quando pisco, saltam pelos olhos
como quem brota da chuva
é o gosto das palavras que são ditas
sem sentido
que me esperam
e me acalmam, trazem o sono
fecho a porta, desligo a luz e acordo

não tenho sentido, desses de dicionário
não há palavra que me decifre
nem verbo que me conjugue
sou frase solta, palavras sem rima, sem prosa
mas sou riso, conversa, dilema e espera
sou qualquer palavra
mas não sou nenhuma
sou qualquer coisa que se sinta, mas que não se explica
sou monossílaba
de palavras curtas e soltas
e só

22 de julho de 2011

Quando faz morada?

Entrou bem devagar, pelo canto do olho direito. Foi numa noite de frio de repente e eu confesso, estava mesmo esperando. Passava aqui por algumas tardes e pousava sobre a laranjeira. Eu, do alto da torre, fingia que observava a brisa leve, sem cor, sem cheiro e assim seguia forte, sem nada para abalar meu sono. Mas eu olhava, de canto de olho e piscava, para não entrar aqui dentro. Buscava e desviava. E passei a não buscar mais nada. Só pra garantir que quando quisesse entrar pelos olhos, eles estivessem abertos e atentos. E esperei. Li alguns livros, desliguei a janela. O sol se foi e o frio me empurrou para mais outro livro. E quando vi, entrou. Pelo canto do olho. E agora esta aqui, com pequenos movimentos no meu estomago. Batendo asas. Só para me lembrar de ficar de olhos ainda mais abertos, de me vestir de branco e de sorriso e de sonhar, antes de dormir.

21 de julho de 2011

É doce. É calmo e ligeiro. A qualquer momento te prende e lança, numa eterna confusão certeira. E não faça! Deixe passar. Às vezes fica, outras não. Tenha sorte. Boa calma!