31 de outubro de 2011

É um gosto de areia que fica na garganta. E não há verbo que se conjugue. O tempo não escuta as preces e a minha pressa se refaz hoje, a cada instante. Pressa de largar para trás e secar o sol que abafa a janela. Nada do que se diga, estanca a dor de lá fora. O passado é teu, somente! Eu? Colho o orvalho de amanhã cedinho e nele (re)encontro o que me esperou ontem. Passou. Não tenho retrovisor e meus olhos saem, não entram mais. O que restou é esquecimento. O que fica é aquilo que corre na vala comum. Pensar é morfina. Jogue-se fora. Comecemos de novo.  Prazer, presente!

Nenhum comentário: