23 de março de 2012

apenas sigo

Eu pago um preço por acreditar. Não é a ilusão. Não é a esperança. Nem espero. É ter a alma leve, o coração aberto e os olhos cerrados. É o preço que se paga por viver. De entrega, de calma, de brisa. Quem disse que seria fácil? Quem provou que seria doce? Mas é inteiro. Não empresto, não divido, mas o que sobra, o que transborda, isso eu dou de graça. Não é justo ter só comigo. Meu sorriso é manso. Meu olhar atento. Mas passa, e eu nem percebo. É muito desse universo. E não é ilusão. Não é esperança. Nem espero. É seguir em frente. No que acredito? Na eternidade de um dia apenas. Numa conversa a toa. Se eu mereço? Só o céu me responde. Da nuvem alta que habito agora, dos pés cravados no chão da vida. Eu sonho, abro a porta e não procuro. O que planto, um dia brota. A bondade que trago dentro, me faz crença que amanhã cedo tenho tudo de novo. E nem espero, apenas sigo.

Nenhum comentário: