15 de março de 2012

sou inteira

Sou palavra solta. Verbo de fechar os olhos. Estrela cadente que aponta no alto. Sou passaporte, entrada e saída. Tenho insônia, sonhos e dias perfeitos. Sou a felicidade que habita as vagas horas. Sou sinal verde para acreditar de novo. De novo, sou o relógio que pára o tempo. Sou espera perfeita, da busca do nada. Sou horizonte e vertigem. Tenho medo, paixão e folhas em branco. Sou sem rima, sem poesia. Sou fogo, brasa e nuvem. Sou esperança, dia novo e café forte. Sou estrada na minha viagem. Sou castelo, casa na praia e na árvore. Tenho mãos pálidas, rosto que queima e olhos que ascendem. Sou livro aberto, tiro certo. Sou constante, sou instante da eternidade. Sou a calçada, a brisa e o temporal. E sou inteira, na metade do que sei. Sou quem vai, sem volta. Vem comigo?


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