25 de abril de 2012

Suspiro

Eu bato a porta de leve. Depois que entro, turbilhão. Nada de pisar manso. É no intenso que a vida vibra. E não respiro. Falta de treino, de tato. O ar prende para prender o resto. Pra não escapar nada. Segurar para dentro. Mesmo que venha da boca pra fora, eu falo, escuto, vivo e seguro. E tento. Tento o calmo, o doce, o vento e o barco. Mas não consigo. Quero o sempre, o eterno, o juramento. Mas quero hoje. O futuro? Nem em sonho. Se respiro agora? Não consigo, só suspiro. Prefiro o coração no acelerado!

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