18 de janeiro de 2012

Passo!

Então, combinamos! Não me cobre as horas que o seu relógio não conta. Nem me faça repetir meu discurso descrente, do que nem eu mesma sei se acredito, de novo e de novo. Perca-se antes de tentar me compreender. Não sou bula, nem receita, nem dou brinde ou cortesia. O que tenho é raro e raramente chega inteiro. Me poupe da sua espera: não sou foto ou jornal velho. Sou folha nova que se inventa. Tente. Me escreva, a cada linha, mas não me traduza. Não sou algo que preste, nem presto atenção ao que eles dizem, nem pra música que tem isso na letra. Quer uma dica? Eu não fico, passo. Eu não durmo, alinho. E a cada dia, renovo tudo. Sentir a mesma coisa é viver parado. Quero uma emoção nova a cada dia, mesmo que seja a mesma, mesmo que se repita, vestida de novo, de pano, de fita. É só do brilho que me alimento. Decida. Se não vem comigo, próximo!

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